A origem da cortiça no Alentejo leva-nos a tempos pré-históricos. Existem vestígios arqueológicos que comprovam a utilização da cortiça para diversos fins, tais como construção de embarcações ou confecção de utensílios domésticos.
O Alentejo, uma região que nos traz paisagens incríveis, guarda um tesouro natural com um valor incalculável: o sobreiro. Um símbolo de resiliência, esta é a fonte da cortiça. Um material único com uma história milenar e um papel importante na economia e na cultura alentejana.
A cortiça é conhecida pelas suas características únicas que a tornam num material muito versátil e valioso. Assim, a cortiça tem como propriedades: a leveza, a impermeabilização, o isolamento térmico e acústico, resistência ao fogo e biodegradável. Estas características tornam a cortiça ideal para a produção de rolhas para garrafas de vinho e espumante, e ainda revestimento de pisos, móveis e paredes.
Assim, a indústria da cortiça no Alentejo gera milhares de empregos e contribui de forma significativa para o desenvolvimento da região. Para além do valor económico, a cortiça também tem um papel importante na preservação do ambiente. Os sobreiros contribuem para a regulação do clima, a prevenção da erosão do solo e ainda para a preservação da biodiversidade.
Ao contrário de outras árvores que são derrubadas para a obtenção da sua madeira, os sobreiros são “despidos” a cada nove anos. Permitindo assim, que a árvore possa continuar a crescer e a produzir cortiça durante décadas. Esta forma de actuação garante assim a preservação das florestas de sobreiros e a continuação da cortiça como um recurso natural renovável.
Em suma, a cortiça é um símbolo da riqueza natural e cultural do Alentejo. Com propriedades únicas, sustentáveis, e um material importante para o presente e futuro da região. Além disso, representa um símbolo de resiliência do povo alentejano e da sua capacidade em se adaptar às adversidades que surgem.